Feriado na cidade sede da região, Bragança Paulista, é sinônimo de economia. Foi essa a justificativa da Prefeitura para decretar dois pontos facultativos e emendar o feriado santo. São três dias seguidos com tudo fechado, sem expediente. Isso significa redução de energia elétrica, água, papel, cafezinho, horas extras, etc. Tal necessidade, evidencia que as contas vão de mal a pior. O reflexo rebate, como sempre, no cidadão que precisa dos serviços públicos. Medida boa apenas para o Poder Executivo, que certamente entende que, um ou dois dias sem fisioterapia não afetará o tratamento do paciente, ou que não prejudicará a mãe que precisa deixar o filho na creche, para poder trabalhar. Sobra sempre para o povo, que tem que se virar, dar um “jeitinho”.
A estratégia é paliativa, afinal, o déficit deve estar na casa dos R$ 50 milhões, ou mais, já que a expectativa da própria secretária de Finanças, durante recente participação na Câmara, era de que o ano seria fechado com déficit aproximado de R$ 55 milhões. Um problemão para o próximo prefeito, que começará a administração com parte do orçamento comprometido.
Isso pode explicar o “desespero” à espera de feriados que possam ser esticados, afinal, de real em real, a sangria é menor.
Mas se a situação está tão comprometida e se medidas que atingiram a população já foram tomadas, como o desligamento de iluminação pública e fechamento das farmácias municipais no horário de almoço, então porque não copiar o prefeito reeleito de Vinhedo, Jaime Crus (PSDB)? Ele tomou uma medida drástica, demitiu todos os cargos de comissão, todos. Além disso, cancelou contratos de aluguéis de imóveis, de carros, suspendeu gratificações e desligou radares. Tudo para equilibrar as contas. A demissão de todos os cargos de comissão, talvez, inclua os secretários. O que em Bragança, significaria uma economia de mais de meio milhão, sem contar cargos de menor escala, ou aqueles aleatórios, que não têm função prática alguma, que servem apenas para cumprir acordos políticos. Porém, ainda assim, é mais conveniente esperar os feriados para economizar. Então que venham, dia do Servidor Público, Finados e Proclamação da República. E Quem paga a conta? A população!