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30/08/2017 às 09h43min - Atualizada em 30/08/2017 às 09h43min

Justiça com as mãos!

Assaltos, furtos, roubos... termos semelhantes mas com significados diferentes na legislação. No entanto, no popular, elas têm a mesma tradução e podem ser definidas como, bandidagem, criminalidade e, claro, insegurança. Sentimento que está aflorado nos bragantinos. 

Seja o dono de um comércio, o funcionário ou a dona de casa. Todos estão assustados com a onda de crimes desses gêneros, que veio em uma sequência. Afinal, na pacata “Cidade Poesia”, não se espera ver tantas páginas de jornais e redes sociais, escritas com base em Boletins de Ocorrências. 

Junto com tais casos, veio à tona um sentimento coletivo, o da justiça com as próprias mãos. No Jardim São Miguel, próximo a Rodovia Capitão Bardoíno, um grupo de moradores deu uma surra em um ladrão que tentou assaltar um comércio. 
Isso pode significar, entre outras coisas, que os cidadãos de bem, se sentindo injustiçados e com raiva, assumem o papel da justiça, motivados, certamente, pela ira de quem está cansado.

Por sorte, o grupo de moradores, saiu ileso fisicamente. O bandido, nem tanto. 

Relatos apontam que a maioria das pessoas, após enfrentar tal situação, precisa ser medicada.  Aliás, o que vemos são vítimas feridas de uma maneira que só o tempo ou terapias, poderão curá-las, afinal, carregam na memória o medo e o trauma de terem uma arma à sua frente, lhe pondo em risco a vida.

Toda a revolta da população deveria e, pode, ser transformada em forças intelectuais para cobrar políticos, que se dizem representantes da cidade, junto ao governo. Há que se ter força para cobrar a quem, legalmente, é dada a condição de gestor, no caso, o Governo do Estado, responsável pelas polícias Civil e Militar.  

Não é segredo algum, que a PM trabalha com efetivo abaixo do necessário e que seus policiais fazem além do que podem, para manter a segurança. Situação semelhante vive a Polícia Civil, que tem déficit de contingente. 

O lado bom é que em Bragança as forças de segurança já atuam como se fossem unificadas. Isso fortalece a atuação, que precisa, claro, ser mais efetiva. Porém, esbarra-se novamente na política pública que deixa a desejar quanto a investimentos na segurança pública. 

Ou seja, sobra sempre para a população. Vale lembrar, que 2018 é um ano eleitoral, hora da cobrança aos políticos, especialmente aqueles que perpetuam há anos no poder e pouco fazem para a melhora na segurança.  São eleitos mais pelo nome que carregam, pelo marketing, do que pelo o que fazem, que é pouco, diante do que recebem como salários e votos.

Está ai o momento de fazer justiça com as próprias mãos. Sim, ir às urnas e saber digitar as teclas que mais lhe parecem justas. Isso é reagir com sabedoria. 

 


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