Eleição é mesmo uma caixinha de surpresas. Muitos resultados surpreenderam eleitores e os próprios candidatos. Se as urnas provaram o desejo da maioria que votou, a ausência dos que não foram votar, mostrou que a política precisa ser renovada.
A falta de opção de candidatos que atendam aos anseios de seu eleitorado, desmotivou um grande número de pessoas, que preferiram se abster. Aliado a esse alto índice de abstenções, devem ser contabilizados os nulos e brancos, o que totaliza um alto número de insatisfeitos. O presidente Michel Temer (PMDB), disse que o alto índice de abstenções é recado dos eleitores aos políticos.
De fato, o presidente da República tem razão. Só na cidade sede da região, Bragança Paulista, 24.834 mil eleitores não votaram, número superior a quantidade de votos do candidato com a segunda maior votação, que teve 22.155. Somando os nulos, brancos e abstenções, o resultado é 36.507 votos perdidos, que não foram para candidato algum.
Em Atibaia, o candidato eleito teve quase isso, foram 37.300 votos. Por lá, a abstenção também foi alta, semelhante a Bragança, somando 24.255.
Muitos dizem: “graças a Deus a eleição acabou”. Não é bem assim, afinal ela se estende pelos próximos quatro anos. Seus reflexos serão vistos a partir de 2017, quando começa o novo mandato.
Infelizmente, boa parte dos que votaram, sequer fez avaliações a respeito disso, votando por “achar”, ou porque ouviu dizer que aquele candidato era o melhor, ou porque trabalhou para ele, ou porque é amigo, ou porque... tanto faz. Triste, mas essa é a realidade.
Muitas Câmaras terão vereadores, de fato, repugnantes. Outros que, certamente, farão valer o mandato que lhe foi confiado. Mas de um modo geral, da pra arriscar e dizer que nesse pleito, tivemos três grupos de eleitores: Os que votam consciente, sendo esse, a minoria, os desmotivados que não votam e os que votam no menos pior. Esses último grupo, normalmente, é o que elege. Ai está o perigo! Agora é esperar para ver.