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21/06/2017 às 14h32min - Atualizada em 21/06/2017 às 14h32min

O dom dos “bons cozinheiros”

Os bons cozinheiros, seja homem ou mulher, os com talento e dom, fazem uma deliciosa comida mesmo tendo poucos ingredientes. Os ingredientes básicos já são suficientes para que o prato fique saboroso e, assim, atenda as necessidades da família ou dos clientes, no caso daqueles que trabalham em restaurantes. As avós tinham essa habilidade, faziam muito com pouco. Serviam o arroz e feijão bem temperadinhos, simples, mas que saciava a fome de todos. Por outro lado, se tinham fartura na dispensa, eram capazes de fazer um invejável banquete, mas nunca desperdiçando nada, pois sempre pensavam no amanhã. 

O Brasil, os estados, os municípios, precisam de um “cozinheiro” com talento e dom. De gestores que façam muito, com pouco. Diante da crise e dos seus reflexos, muitos políticos mostram que não têm dom e nem, tão pouco, talento, pois não conseguem servir nem um arroz com feijão bem temperadinhos. Não dão conta de resolver os problemas básicos.  Alguns políticos, considerados os “salvadores da pátria”, estão mostrando que são tão medianos quanto seus antecessores e que só governam em época de “vaca gorda”. Mas ai é fácil. Queremos ver fazer muito, com pouco, assim como fazem as donas de casa quando vão ao mercado. Claro que governar uma cidade é muito mais complexo. Mas todos que hoje ai estão, sabiam da crise e que ela refletiria na arrecadação. Ai entra a habilidade. No entanto, mais uma vez, vemos que prometer durante a campanha é fácil. Cumprir está sendo bastante difícil. A maioria dos que ai estão, não tem dom algum, não passam de pessoas comuns que um dia resolveram entrar para a política, por um projeto pessoal e não para colocar em prática um talento nato. A maioria, sequer se preparou para ocupar tal cargo. O resultado está ai, má gestão.

O povo tem fome, os ingredientes estão escassos, e os cozinheiros, sem dom ou preparo algum, não conseguem preparar um prato simples, sequer. Ou seja, administrar uma cidade com os cofres fartos não exige muito, mas é nessas horas de dificuldades, que deveria sobressair o talento. Mas cadê? 

 


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