Estamos começando um mês importante. Afinal, outubro marca o Dia Mundial do Idoso, o Dia da Criança, além de ser o mês da Padroeira do Brasil e de prevenção ao câncer de mama. E neste ano, em especial, temo as Eleições e, nós mulheres somos a maioria do eleitorado. Que responsabilidade!
Bom, mas nesta edição trago uma história verídica pra gente refletir sobre a importância do autoexame, da observação do nosso corpo e da descoberta precoce do câncer de mama.
Vitória da Vida
Lá na década de 70, uma dona de casa, analfabeta, que vivia na roça, com os mínimos recursos, percebeu que algo na sua mama, estava errado. Ainda que muito difícil, ela foi em busca de ajuda médica. Caminhou 3km a pé, tomou um ônibus até a cidade mais próxima, cerca de 20km. Pegou outro ônibus e viajou mais 100km, até a cidade grande. Ficou hospedada na casa de uma filha, madrugou na fila de um hospital.
Depois de exames, ela foi diagnosticada com câncer de mama, com necessidade de cirurgia. Foram meses de tratamento, de viagens até a cidade grande. Foi muita persistência. Mas a cura total chegou. Vitória da senhora que não sabia ler e nem escrever!
Vitória do Câncer
Cerca de 30 anos mais tarde, a filha dela, empresária bem sucedida, morando na cidade grande, bem perto do hospital, tendo carros e acesso fácil a médicos, morreu aos 57 anos, vítima do câncer de mama. Isso, porque, apesar de todas as informações e recursos, faltou observar o seu corpo, se tocar, perceber que algo na sua mama, não ia bem. Quando notou, o câncer já estava adiantado e, apesar dos avançados tratamentos, ele se alastrou. Ela morreu antes mesmo da sua mãe, aquela que três décadas atrás, se curou, pois percebeu a doença em seu estágio inicial.
*A história de vitória é da minha avó, Sant´Ana Godoy Almeida.
Autoexame
Ainda é o melhor recurso para detectar mais cedo a doença, aumentando as chances de cura.
Além da mamografia, é importante fazer o ultrassom da mama, principalmente para mulheres com mamas volumosas.
A importância de contar histórias
Já que estamos no mês das Crianças eu pergunto: Você sabia que contar histórias é a mais antiga das artes? E apesar dos avanços tecnológicos, toda criança adora ouvir histórias. Crie o hábito de ler para as crianças, pois as histórias têm papel respeitável no desenvolvimento delas. Mais que uma linguagem prazerosa e educativa, a ação de contar e ouvir histórias, possibilita o resgate da memória cultural e afetiva. O ato de contar uma história, além de atividade lúdica, amplia a imaginação e ajuda a criança a organizar sua fala, através da coerência e da realidade. Ler para os pequenos é também uma experiência de interação.
Como contar história?
Se não puder comprar, leve a criança a uma Biblioteca e deixe que ela mexa nos livros, que observe as capas, que toque nos livros e que escolha. Leia, mantendo a fidelidade ao texto e mostrando todas as figuras. Se quiser, altere sua voz, criando vozes para cada personagem. Se tiver livros em casa, deixe-os espalhados, para que ela interaja com eles, criando intimidade.
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. (artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente).
Boa semana a todos e pensem bem antes de votar. Que tal checar qual dos candidatos tem uma proposta voltada às crianças? Afinal, tudo começa na infância.