Em reportagem da Folha de S.Paulo, intitulada “Aliado de Alckmin, deputado dono de ônibus legisla em causa própria”, edição de segunda-feira, dia 5 de março, Edmir Chedid (DEM), é apontado pela matéria dos jornalistas Artur Rodrigues e Alencar Izidoro, como um parlamentar que estaria beneficiando o setor de atuação da sua família, que é o de transporte.
Trecho da reportagem diz. “De seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo, o aliado do governador Geraldo Alckmin, (PSDB), propõe leis e destina verbas para a mesma área de atuação das empresas de sua família”.
A reportagem afirma que a família de Edmir possui, ao menos seis empresas da área de transporte, sendo ele sócio em duas delas, a Rápido Fênix e Expresso Fênix.
Ainda, segundo a Folha de S. Paulo, o transporte de alunos seria um dos ramos das empresas e que, em 2017, as empresas dos Chedid prestavam esse serviço em pelo menos oito cidades do interior, sendo que em algumas cidades os serviços são pagos com recursos do Estado.
Ainda de acordo com a matéria, em 2015, atendendo uma reivindicação de Edmir, o governo Alckmin teria destinado R$ 1,9 milhão para transporte escolar em convênio com a cidade de Serra Negra. Além desse valor, a matéria cita que em 2012, repasses estaduais de mais de R$ 300 mil teriam sido usados para pagar a empresa Metrópolis, que seria do irmão gêmeo de Edmir, Elmir Chedid.
Além disso, a Folha aponta ainda que o parlamentar estaria tentando obter, através de proposições na Assembleia, a isenção do IPVA para veículos do transporte intermunicipal. Ele também teria proposto a isenção de ICMS na venda de veículos voltados ao transporte público. A matéria completa traz outros dados e informações e pode ser lida na internet folha.uol.com.br/cotidiano
Outro lado
Ao jornal Folha de S.Paulo, Edmir disse que sua atuação parlamentar não favorece a si ou as empresas da família e que as emendas são enviadas de acordo com os pleitos e necessidades das cidades e regiões. Edmir negou que seus projetos de lei favoreçam as empresas ligadas a ele. Sobre o repasse à Metrópolis, a empresa disse que “não importa se o pagamento do preço (decorrente da licitação) vem dos cofres da prefeitura ou do estado”.