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19/07/2017 às 13h18min - Atualizada em 19/07/2017 às 13h18min

Prestes a dar à luz, grávida só conseguiu fazer um exame de ultrassom

Indicação é que gestantes façam, no mínimo quatro vezes o exame

Indicação é que gestantes façam no mínimo quatro vezes o exame (Foto: Clinica Hinode)


De nove meses, a grávida Luciene, vai dar à luz sem saber o sexo do bebê e nem se está tudo bem com a criança. Isso, porque desde que começou a fazer o pré-natal, ela só conseguiu fazer um ultrassom e quando estava ainda no quarto mês. Com dificuldades para pagar o exame, ela vai para a maternidade com incertezas, porém confiante de que esteja tudo bem com o bebê. “Ele mexe bastante, então deve estar bem”, disse ao relatar que já está sentindo as dores iniciais do parto e que pode ganhar o bebê ainda nessa semana.

Indefinida também está a situação de outra mulher que depende Rede Municipal de Saúde. Ela pediu para não ter o nome revelado, mas contou que aguarda um ultrassom de útero há mais de um ano. “O médico pediu para ver se eu não estou com problema no útero, mas não consigo agendamento”, desabafou ao falar que teme pela saúde.

Questionada sobre a demora no agendamento de ultrassom, a secretária de Saúde de Bragança, Marina de Oliveira, disse por meio da assessoria de imprensa, que a demora é “Porque o governo anterior deixou uma fila de espera enorme. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, está atendendo pacientes deste ano, de 2016, de 2015 e alguns de 2014”. A secretária acrescentou que “tem envidados esforços para oferecer à população mais consultas, mais cirurgias, mais exames, enfim uma saúde que possa atender melhor seus usuários”. 

Sobre a fila de exames deixados pelo governo anterior, o ex-prefeito Fernão Dias disse. “Até quando a atual administração vai atribuir suas deficiências à antiga? Nossas dificuldades com exames, medicamentos e consultas, assumimos com coragem e com verdade. Está na hora de assumir a saúde de Bragança com menos mídia e menos desculpas.”

Indicação de ultrassom

Segundo o médico Obstetra, Renato Frangini, que atua há mais de 30 anos nessa especialidade, toda gestante deve fazer, no mínimo, quatro exames de ultrassom, sendo dois no primeiro trimestre, um no segundo trimestre e um no último. O exame, segundo ele, é importante para saber a anatomia do feto, o risco de doença genética ou de um acidente anatômico, para ver a estrutura do feto. O médico disse ainda, que mais tarde, com cinco meses, o exame serve para ver o risco de má formação, o crescimento, a posição da placenta, se o desenvolvimento está dentro do normal, além do sexo do bebê. No último trimestre, serve para avaliar peso e crescimento, quantidade de líquido amniótico, posição da placenta, entre outros fatores. “Menos do que três ou quatro exames de ultrassom, a gente não tem uma visão de que a coisa está sendo bem feita, se você fizer menos que isso, você deixa a desejar. Sem ultrassom, você praticamente não trabalha na obstetrícia”, explicou.

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