Na cidade de Amparo, as obras de construção da barragem ainda não começaram, mas o alojamento, e o restaurante, para atender os que vão trabalhar no local, já começaram a ser montados. Além disso, a área está sendo cercada. Duas fazendas já foram desapropriadas e há negociação com alguns donos de sítios que já receberam peritos para avaliação de valores.
De acordo com Márcia Dias, umas das que encabeçam o movimento contra a construção da barragem, as obras ainda não começaram porque falta autorização da Agência Nacional da Água (ANA), que apontou a necessidade de despoluir o Rio Camanducaia. “Mas não vemos nenhum trabalho para despoluir o Rio”, disse ao contar que o maquinário está no local, o que indica que o Governo do Estado está determinado a seguir com a construção.
Reunião
Na segunda-feira (1), o governador João Dória (PSDB), esteve em visita à cidade de Pedreira, onde também será construída uma barragem. Houve protesto e, após o ato, Dória disse que o Estado deve se reunir com os prefeitos das cidades onde serão construídas as barragens. O governador falou em tranquilizar a população sobre as obras, mas não citou suspensão delas. Ele sugeriu que o encontro seja em agosto, entre o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), técnicos, população e prefeitos.
Reservatório
Em 2017, ao anunciar a construção das barragens, o DAEE informou que juntas, as barragens de Pedreira e Amparo, poderão abastecer mais de 5 milhões de pessoas das regiões de Campinas e Piracicaba. Por outro lado, as informações dão conta que o Governo Federal classificou a obra como de risco alto para a população, em caso de acidente. É o que temem os moradores das duas cidades.
O JBR entrou em contato com o Governo do Estado, que disse que a construção da barragem de Duas Pontes, no rio Camanducaia, em Amparo, já está contratada e que a expectativa é iniciar as obras em setembro.