O diálogo ao lado é parte do conteúdo lido pela vereadora Alice Veríssimo (PT), durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 12, e que diz respeito à gravação de uma conversa entre cinco políticos de Amparo, o deputado estadual Barros Munhoz (PSDB), o presidente da Câmara, José Ivo Vilas Boas, o Biro Biro (PSDB), o vereador Ezequiel Pereira dos Santos (PSDB), o presidente do PSDB de Amparo, Paulo Luciano de Arruda Botelho e Ricardo Alves, membro do PSDB amparense.
Segundo a vereadora, antes de ler o conteúdo, ela protocolou um pedido para que o áudio original fosse divulgado na sessão. No entanto, o presidente do Legislativo, o Biro Biro (PSDB), negou, alegando que a questão estava sub judice. A vereadora justificou que tinha em mãos uma declaração de Ricardo Luis Pereira, o Graminha, registrada em cartório, se declarando autor da gravação e autorizando a publicação do áudio. Mesmo assim, o presidente manteve sua decisão.
A vereadora, então, leu trechos da gravação. Ao Jornal de Bragança e Região, ela falou o que a motivou a tomar tal atitude. “Foi o dever moral, enquanto vereadora, de apresentar a verdade à população”, disse ao citar quatro pontos da conversa que ela considera graves. “Fica nítido na conversa que há um conluio no sentido de dizer que o atual prefeito está em alta nas pesquisas eleitorais, mas os próprios envolvidos dizem que está em terceiro”.
Outro ponto que chamou a atenção da vereadora foi o trecho em que o deputado Barros Munhoz afirma que o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), não será entregue neste ano. “Mas há muito tempo o prédio está pronto, e o atual prefeito utiliza a entrega do AME em sua campanha eleitoral”, disse.
O terceiro trecho da conversa destacado por Alice é a fala de Barros Munhoz, que por dez vezes seguidas diz que o secretário de Administração Mario Auler “mente, mente, mente, mente, mente, mente, mente, mente, mente, mente!”
O mais grave, segundo ela, é a afirmação do presidente da Câmara, ao acusar o secretário (Mario Auler) de distribuir dinheiro a quem lhe pede.
O Jornal de Bragança e Região procurou o deputado Barros Munhoz, mas através de sua assessoria, ele disse que não iria comentar o caso. O presidente da Câmara, Biro Biro, não respondeu o e-mail enviado a ele. O secretário de Administração, Mario Auler, citado na gravação, também não retornou ao e-mail enviado ao assessor de imprensa, e nem às mensagens envidas pelo celular. O espaço continua aberto aos envolvidos.