O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença que condenou por improbidade administrativa os ex-prefeitos de Tuiuti, Almir Benedito Antonio de Lima (PV) e Amarildo de Lima (PTB), e o vereador, ex-presidente da Câmara, Adilson Dias (PV). Os três foram condenados, em primeira instância, por improbidade administrativa, acusados de terem usado indevidamente carros oficiais, pertencentes ao município.
Na época dos fatos, Almir de Lima era prefeito, Amarildo de Lima (irmão dele) era Secretário de Administração e Adilson Dias, presidente da Câmara.
No processo, Amarildo e Adilson são acusados de levar em carros da Prefeitura, jogadores e torcedores para jogos de futebol em outras cidades, o que contou com a conivência de Almir. Trecho da decisão que manteve a condenação dos três réus, diz: “Almir Benedito, na condição de prefeito, teria sido omisso nas suas funções ao permitir que bens públicos da Prefeitura fossem usados para fins privados, e ainda negligenciou o sistema de controle de uso dos veículos”.
De acordo com a sentença, Amarildo, Adilson e Almir, infringiram a Lei nº 8.429/1992, que em resumo, prevê punições a agentes públicos que promoverem enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário, ou atentem contra os princípios da administração pública.
A pena arbitrada aos três políticos foi a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade de bens e a devolução de dinheiro aos cofres públicos.
O Jornal de Bragança e Região conversou com Amarildo de Lima, que disse ter protocolado no dia 26 de janeiro um recurso, denominado Embargos de Declaração, ou seja, um pedido para que alguns aspectos da decisão sejam revistos. Caso não tenha sucesso, eles recorrerão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por telefone, Adilson Dias falou que não usou o carro indevidamente. “Eu usei o carro para ir ao jogo que era um evento oficial, fui como presidente e dirigindo o carro”, justificou ao dizer que chegou a participar de algumas partidas como jogador. “Quando eu fui jogar, eu fui com os jogadores e torcida, mas em ônibus e van, da minha família”, alegou.
Adilson disse que enquanto couber recurso, eles irão recorrer.