Desde o mês de maio o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bragança e Região (SISMUB), vem tentando um acordo com a Prefeitura de Pedra Bela, a fim de conseguir o reajuste salarial proposto pela categoria que é de 9,5%. Na primeira Assembleia, dia 28 de maio, os servidores rejeitaram a proposta de 6,5% divididos em seis vezes e, na segunda reunião também não aceitaram os mesmo 6,5%, só que parcelados em cinco vezes.
Além do reajuste salarial, os funcionários pedem o acréscimo de mais ítens na cesta básica, redução da carga horária para 40 horas semanais, falta abonada no mês de aniversário e vale transporte.
Na quarta-feira, 17, um dia antes da terceira e última Assembleia, marcada para às 19h desta quinta-feira, o Jornal de Bragança e Região conversou com o presidente do Sindicato, Carlos Alberto Martins de Oliveira e com a prefeita Roseli do Amaral.
A chefe do Executivo municipal, explicou que o valor oferecido pela Prefeitura nas duas Assembleias, já era impossível aos cofres públicos, mas afirmou que apresentará a terceira proposta, só não revelou a porcentagem. “Sequer poderíamos oferecer os 6,5%, mas fizemos isso porque visamos o bem dos funcionários. Nosso objetivo é um entendimento.”, disse ao informar que a falta de recursos financeiros é decorrente da crise econômica que vem provocando cortes de verbas destinadas ao município. “Tivemos uma perda de R$ 4 milhões em comparação com o ano passado e isso afeta nossas finanças”, frisou.
A proposta apresentada na noite desta quinta-feira, 18, segundo Roseli, é a última tentativa de acordo com o Sindicato. “Meu objetivo é manter o salário deles em dia, sem causar prejuízo para eles e nem para a Prefeitura. A porcentagem que ofereci representa um impacto de R$ 45 mil ao mês na folha de pagamento, o que representa mais de R$ 500 mil ao ano. Então não adianta oferecermos mais e não conseguir manter os salários em dia.”, disse ao reforçar. “Infelizmente deixo em aberto, caso eles entendam que o melhor é levar a discussão na Justiça”, disse ao lembrar que já foram concedidos aos servidores um abono de R$ 250 reais, incorporado ao salário, seis faltas abonadas no ano, dez itens na cesta, cesta de higiene e limpeza e implementação no Plano de Saúde. O presidente do SISMUB afirma que a decisão será dos servidores. “O Sindicato explica as possibilidades, mas a decisão final é sempre do funcionalismo”, esclareceu Carlos ao informar que além da opção de aceitar a proposta, os funcionários podem optar por estado de greve, paralisação, manifestação ou acionar a Justiça.