O espetáculo teatral “Vanya e Sonia e Masha e Spike”, chega a São Paulo, com direção geral de Jorge Takla. No elenco Marilia Gabriela, Elias Andreato, Patrícia Gasppar, Bruno Narchi, Bianca Tadini e Teca Pereira. O texto com referências aos personagens do escritor russo Tchekhov apresenta a glamorosa estrela de Hollywood, com seu namorado 30 anos mais jovem, que passam o final de semana na linda casa de campo de sua família, onde vivem seu irmão e irmã solteirões. Acontecimentos e imprevistos transformam esta estadia em um turbilhão de confusões hilariantes. Confira a entrevista com a atriz Marilia Gabriela.
JBR: Como é seu personagem?
Sou a Masha do título, a irmã de Vanya, do fantástico Elias Andreato, e de Sonia, da maravilhosa Patricia Gasppar. Sou a irmã que foi embora e virou atriz de cinema, e volta para uma visita trazendo o namorado, o Spike, deliciosa personagem de Bruno Narchi. Ainda temos a Cassandra da sensacional Teca Pereira, e a belezura da Bianca Tadini, divina fazendo a Nina. Minha visita e seus motivos provocam a catarse familiar que se vê em cena.
JBR: Quais semelhanças tem Masha e Marília Gabriela?
Muitas, muitíssimas, duas mulheres driblando crise existencial, ativas, vivazes, redescobrindo e priorizando valores como a auto-aceitação e os laços familiares. Mas me identifico com todas as personagens em cena nesta peça e em todas as outras questões. Sou múltipla.
JBR: Por que você se envolveu com o projeto?
Quando Jorge Takla me convidou, esse profissional que respeito e admiro, tive um momento de hesitação, pois estava envolvida em outro projeto. Jorge elegantemente disse que não era para logo e sugeriu que eu lesse a peça, o danado. Me mandou o texto por e-mail rapidinho, e eu, enxugando as lágrimas das gargalhadas que soltei desde o primeiro parágrafo até o final, liguei e disse para ele ; “sou sua! “.
JBR: O que você acha da diferença de idade nos relacionamentos amorosos?
Revigorante? Tonificante? Interessante? Sei lá, amor é amor. Quando existe a diferença de idade acho que há maior cumplicidade, paixão e coragem envolvidos, já que a sociedade sempre questiona uniões entre mulheres mais velhas com homens mais jovens, mas nunca o contrário. Há que ser forte pra agüentar.
JBR: Como está sendo voltar para os palcos?
Ando inquieta, agitada, apreensiva, feliz, encantada, enfim, do jeitinho que sempre ficamos às vésperas de um evento muito importante e esperado em nossas vidas.