A peça “Intocáveis”, a primeira adaptação do filme francês no mundo, estreou no dia 21 de março, no Teatro Renaissance, em São Paulo com direção geral de Iacov Hillel, adaptação de José Rubens Siqueira, com produção de Marcella Guttmann e elenco composto por Aílton Graça, Marcello Airoldi, Eliana Guttman, Bruna Miglioranza, Livia La Gatto, Ricardo Ripa e Sidney Santiago, além da participação especial (apenas em vídeo) da atriz Zezé Motta.
“Intocáveis” narra à história de Philippe, um aristocrata rico que após sofrer um grave acidente fica tetraplégico. Precisando de assistente, ele decide contratar Driss, um homem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um “pobre coitado”.
Confira a entrevista com o ator Aílton Graça.
JBR: O que é a peça pra você? O que te chamou mais atenção no texto?
Não tem como desvincular a peça do filme, na verdade, quando vi o filme, já me chamou a atenção. Vi o filme três vezes e o que me chamava atenção era sempre o cartaz do filme, que era um negro e um branco conversando. Eu já tinha esbarrado num texto parecido há um tempo atrás e isso já me chamava muito atenção, depois quando vi que se tratava de um argelino e um francês, dentro desse momento em que falamos de intolerância, tudo é tão terrível, as relações de medo entre pessoas, e ai você vê a aproximação desse argelino e desse francês, parece improvável.
JBR: Por que você aceitou fazer a peça?
Eu fui a primeira pessoa que a Marcella Guttmann (produtora do espetáculo) entrou em contato pra fazer a peça, e eu aceitei na hora, então já estava preparado, aceitei por essa parceria com a Marcella, porque já nos conhecemos. Ela me falou isso há mais de um ano quando estava correndo atrás dos direitos e eu não tive dúvidas.
JBR: Como é seu personagem?
O Driss é um cara do subúrbio, tem uma vida que com certeza foi vivida na margem de risco, e dentro disso, sentiu na pele todas as impossibilidades, de emprego, escola, transporte, de não ter uma assistência médica de verdade. Ele é um sobrevivente e o ambiente que ele vive poderia ter o transformado em alguma coisa ruim, mas não e ai quando ele encontra com o Philippe, começa uma nova experiência, ele leva pra esse cara a sua experiência da faculdade da vida, enquanto esse outro o apresenta outro tipo de experiência.
Serviço:
Teatro Renaissance
Alameda Santos, 2233 - Jardim Paulista
Tel.: (11) 3069-2286
www.teatrorenaissance.com.br
Até 31 de maio
Horários: sexta-feira às 21h30
sábado às 21h
domingo às 19h30