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03/02/2016 às 02h44min - Atualizada em 03/02/2016 às 02h44min

Com amor Brigitte

Foto: Divulgação

Estreia dia 26/02 no MASP, a  peça “Com amor Brigitte” sob direção de Fábio Ock , o elenco é composto pelos atores  Bruna Thedy e  André Correa.

Utilizando a figura de Brigitte Bardot como ícone da moda e sexualidade, a peça discute os limites entre os direitos à intimidade e à vida privada, a liberdade de expressão e informação no mundo atual, questão há muito tempo discutida e que se mostra cada vez mais atual, vide o polêmico caso das biografias não autorizadas. Confira a entrevista exclusiva com a atriz Bruna Thedy para o JBR.

JBR: Bruna, você é uma das produtoras associadas,  como surgiu a ideia de encomendar este texto para o Franz Keppler, e o porque Brigitte?

Surgiu de maneira bem despretensiosa. Estava conversando com o Fábio Ock, que dirige o espetáculo, e começamos a falar sobre coisas que gostaríamos de fazer no teatro, que peça tínhamos vontade de montar.  Até que ele me perguntou que personagem eu gostaria de interpretar e na hora eu disse: alguém que existe. Segundos depois me veio ela na cabeça. Nos olhamos e dissemos: vamos tentar? Liguei pro Franz e ele topou. A partir daí começamos a pesquisa e vimos quantas coisas interessantes essa mulher tinha pra dizer.

JBR: A peça aborda temas atuais e do cotidiano de muitos famosos e de pessoas “comuns”, que discute justamente o limite de privacidade e da intimidade de cada um ,  como você que é  atriz e trabalha com a sua imagem  se coloca diante deste tema?

Infelizmente muitas celebridades não conseguem lidar com a fama de maneira saudável. Mais recentemente a Amy Winehouse , por exemplo, não aguentou. A Brigitte, de tão livre que era - ou tentava ser- conseguiu desistir da carreira quando achou que era a hora. Parou ainda no auge, com 40 anos, com a sensação de que já havia doado tudo pros outros, seu corpo, sua beleza, seu talento. Ela cansou. Tem uma fala da Brigitte na peça que diz: “A maioria das pessoas não faz ideia de quantas noites eu já passei sozinha, angustiada e cheia de tristeza”.

JBR: Nos conte um pouco sobre as três linguagens colocadas em cena, teatro, vídeo e performance, foi um desafio?

Juntar teatro e vídeo é sempre um desafio. Muita coisa tem que ser sincronizada, coreografada. Nessa montagem em especial, usamos vídeo mapping, que exige um tipo de interação muito precisa. Se eu atrasar determinada fala, a cena pode ficar sem sincronia e perder a graça e até a força. Por isso é preciso encontrar o equilíbrio entre aquilo que o teatro tem de melhor, que é a possibilidade de viver a emoção cada dia de um jeito único e a precisão de algo que vai estar gravado, que vai estar sempre do mesmo jeito.

De 26 de Fevereiro a 29 de Maio.

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