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18/11/2015 às 00h29min - Atualizada em 18/11/2015 às 00h29min

Órfãos de Eldorado

Foto: Divulgação

O filme Órfãos de Eldorado teve participação na Mostra de Cinema de São Paulo. A obra de Milton Hatoum, um dos escritores brasileiros mais admirados e premiados da atualidade, chega ao cinema pela primeira vez o longa-metragem que marca a estreia na ficção do cineasta Guilherme Coelho.

Com roteiro assinado pelo próprio cineasta e um elenco encabeçado por Daniel de Oliveira e Dira Paes, Órfãos do Eldorado acompanha a trajetória de Arminto Cordovil, um homem dominado por suas paixões, cuja história pessoal se confunde com a história e os mitos da região amazônica. Pouco mais de um ano depois, em janeiro de 2015, Órfãos do Eldorado ganhou sua pré-estreia mundial na abertura do Festival de Tiradentes, a mais importante plataforma de lançamentos do cinema independente brasileiro. Na mesma ocasião, Dira Paes foi homenageada pelo conjunto de sua obra.

Confira a entrevista com o Ator Daniel de Oliveira

JBR:Como você se envolveu em Órfãos de Eldorado?

Daniel: Eu me lembro que fui conversar com Guilherme Coelho sobre o projeto e minha próxima lembrança é de já estar no apartamento dele, com uma gaita na boca, entrando no personagem, louco para subir para Belém. Percebi, de cara, que Guilherme estava disposto a fazer esse filme à vera. Tem projetos que são irrecusáveis, esse era um deles.

JBR: A maior parte das filmagens foi em Belém. Você já conhecia a cidade?

Daniel: Sim, já tinha ido duas vezes, adoro Belém. É muito agradável. Como fui de carro, aproveitei para explorar melhor a cidade. Rodei Belém toda nos primeiros dias.

JBR: A presença de Dira Paes, que é do Pará, foi importante?

Daniel: Sim, importantíssima. Assim que cheguei lá, eu, Maria Silvia e Guilherme Coelho fomos visitar Abaetetuba, a cidade onde ela nasceu. Dira ainda não tinha chegado, mas mandamos uma foto para ela. Dira é uma grande atriz, um fenômeno do cinema.Já tive a sorte de contracenar com ela em A Festa da Menina Morta e em O Rebu trabalhamos juntos, mas infelizmente não contracenamos – meu personagem está morto e a personagem dela, justamente, investigava a minha morte.

JBR: Como você vê seu personagem?

Daniel: É um homem que vive uma ruptura completa com o pai. Ele está voltando para casa, depois de muito tempo brigado com o pai. E depois desse longo rompimento, no mesmo dia em que chega, o pai morre. Eles não trocaram uma ideia, não tiveram tempo de acertar contas. Foi uma relação inteira baseada na falta de diálogo e na cobrança.

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