Qualquer pessoa que apresente carteirinha de estudante pagará mais barato para entrar em teatro, cinema, estádio, entre outros eventos culturais e artísticos. Apesar de ser destinada a estudantes, a chamada meia-entrada tem levado muitas pessoas que estão fora da escola ou universidade, a utilizar o beneficio. O método usado é a falsificação da carteirinha. Em Bragança, por exemplo, o número de estudantes na época da Festa do Peão, aumenta consideravelmente. Um jovem que pediu para não ter o nome revelado, contou ao Jornal de Bragança e Região que não tem conhecimento da venda de carteirinhas falsas, mas disse que conhece pessoas que fazem o documento no próprio computador, e depois levam para plastificar, conforme a foto mostra.
A carteirinha mais falsificada, contou o jovem, é a da Universidade São Francisco de Bragança, pois o documento não é magnético o que, segundo ele, facilita.
O delegado da Delegacia de Investigações Gerais de Bragança, Sandro Montanari, disse que a Polícia Civil estará de olho nas falsificações também durante a Festa do Peão. “Nós estamos orientando a polícia preventiva para que verifique a documentação, e as carteirinhas serão observadas”, disse ao esclarecer que a falsificação é crime. “Nós dizemos que o crime de falsificação de documento absorve o estelionato, pois ele é mais grave que o próprio estelionato e pode dar de 1 a 5 anos de reclusão. No caso de menor de idade, ele pode estar sujeito a medida sócio educativa ou até uma internação”, explicou.
A Universidade São Francisco (USF) disse que desde 2014 as carteiras estudantis foram substituídas pelo modelo cartão, com o objetivo de dificultar falsificações e que vem avaliando a possibilidade de adotar novas tecnologias que evitem falsificações.