Todo ano cambistas aproveitam para lucrar com a Festa do Peão de Bragança, mas não são apenas aqueles que ficam em volta do local da festa, no Posto de Monta. Em Bragança,
existem cambistas com outro perfil. São pessoas com alto poder aquisitivo que compram camarotes e revendem por preços superfaturados. E a venda é feita em suas empresas, lojas e até por telefone, sem temer a polícia. A maioria comercializa pulseirinhas individuais e chega a cobrar mais que o dobro, o que caracteriza cambismo, ou seja, essas pessoas são cambistas e estão praticando crime contra a economia popular (lei 1521/21). Não importa o valor da porcentagem acrescentada, se é um real ou sessenta reais, ou seja, se revender camarotes e pulseirinhas mais caro do que o valor original, é crime. Se pegos podem ser presos com reclusão de 6 meses à 2 anos.
Entenda como isso acontece: Cada camarote para dez pessoas custa R$ 4,500, o equivalente a R$ 450,00 por pessoa, R$ 56,25 por dia (são oito shows). No entanto, tem gente vendendo pulseirinha do camarote avulsa a R$ 120,00, ou seja, acrescentando mais de 100% no preço original. De acordo com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais, Sandro Montari, a polícia trabalha para coibir esse comércio ilegal. “Na semana passada atuamos para tentar combater os cambistas através do trabalho preventivo para que não haja essa venda superfaturada, que é o cambismo”, disse Montanari ao orientar que as vítimas de cambistas devem denunciar através do disk denúncia (180), na Polícia Militar (190) ou ligar na própria Delegacia (11) 4033 3535.