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11/02/2015 às 13h33min - Atualizada em 11/02/2015 às 13h33min

Há 23 anos nascia o “Nicolódromo”

Foto: Reprodução YouTube

“Nicolódromo”, assim era chamada a passarela do samba de Bragança Paulista, quando foi construída, em 1992. O apelido surgiu porque o prefeito da época, responsável pela obra, era Nicola Cortez (1989/1992). E se a cidade de São Paulo tinha o sambódromo, Bragança passou a ter o “Nicolódromo”. No entanto o nome oficial aprovado pela Câmara, e que virou lei, foi Passarela Francisco Zamper - “Chico Zamper” - homenagem a um grande folião bragantino das antigas.

Até 1991, o desfile de Carnaval não tinha local fixo. Chegou a ser nas praças José Bonifácio e Raul Leme (centro da cidade), avenida José Gomes da Rocha Leal e na Imigrantes (em frente onde hoje é a Secretaria de Esportes).

Mas Nicola ousou e no local onde era um enorme barranco com mato, ele construir uma arquibancada de concreto, sanitários e posto médico. O bosque dos eucaliptos (paralelo a avenida dos Imigrantes) foi transformado em uma área grande, usada como estacionamento e hoje como praça de alimentação, durante o Carnaval.

De acordo com o presidente da Câmara da época, o advogado Marcelo Funck Lo Sardo, ao construir as arquibancadas de concreto, Nicola resolveu dois problemas de uma só vez: o do Carnaval, e o do barranco que podia sofrer erosão e desmoronar. “Nicola já havia percebido que o centro da cidade estava pequeno para o tamanho do Carnaval de Bragança, porque a festa incomodava os moradores, não tinha estacionamento, não tinha local para colocação de sanitários químicos,  não tinha estrutura para as escolas e nem para os foliões”, disse ao lembrar que Nicola contou com o apoio dos vereadores daquela legislatura. “Nós da Câmara da época apoiamos e com uma única verba ele fez uma importante obra, resolvendo dois problemas”, enfatizou ao lembrar que havia uma compulsão também da população que apoiava as festas.

Bem estruturado, o local passou a ser utilizado também para outros eventos, como 7 de setembro, Parada Gay e Marcha para Jesus.

Nicola Cortez usufruiu de sua obra. No ano de 2007 ele foi enredo da Acadêmicos da Vila, uma homenagem pelos seus 87 anos. Ele desfilou em carro alegórico e ainda comemorou o título da azul e branco. Nicola morreu em 2010, aos 90 anos de idade.

Além de prefeito, o empresário Nicola Cortez foi também vereador (1997 a 2000 e 2001 a 2004).

 “No carnaval todos se divertem. O rico toma uísque, o menos rico toma caipirinha e tem quem não bebe nada, mas todos se divertem da mesma forma” (Nicola Cortez).


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