Além de Bragança, outros onze municípios da região recebem atendimento da Santa Casa de Misericórdia (Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Piracaia, Pinhalzinho, Socorro, Tuiuti e Vargem). O número de atendimentos, só no Pronto Socorro, gira em torno de 75 mil ao ano, ou pouco mais de 6 mil ao mês. Esse montante gera um alto custo para o hospital, que no ano de 2014 foi de R$ 6.208.398,00, com déficit de quase R$ 2 milhões no ano.
Com isso, o principal desafio do novo provedor da Santa Casa, João Marques (foto), é equacionar o déficit, problema causado pela defasagem da tabela do SUS, que repassa ao hospital, valor menor do que seus gastos.
Experiência administrativa ele tem. É formado em Ciências Contábeis e atua profissionalmente há 25 anos na administração de uma empresa de instrumentos elétricos. Na Santa Casa, Marques foi 2º Tesoureiro (2006 a 2009) e 1º Tesoureiro (até assumir a provedoria, em janeiro de 2015).
Ao Jornal de Bragança e Região ele disse que o objetivo como provedor é promover a entidade como uma excelência no atendimento, no acolhimento, e na resolutividade da Saúde. “Queremos oferecer aos cidadãos de Bragança e região um hospital moderno e eficiente”, frisou ao destacar que o mesmo objetivo se aplica ao Plano Santa Casa Saúde. “Igualmente vamos proporcionar um Plano que atenda plenamente a expectativa de seus usuários. Posso afiançar que temos hoje no hospital o melhor Corpo Clínico da cidade e região e, no Plano de Saúde, excelentes médicos, bem como colaboradores preparados e motivados”, destacou.
João Marques explicou ainda que o déficit já foi maior, chegando a R$ 300 mil/mês. No entanto, em meados de 2014 o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do Estado promoveram dois convênios, mas que têm prazo de validade. “Caso não sejam renovados e se não haver um suporte financeiro, o déficit pode voltar a um elevado patamar. Por isso temos trabalhado bastante”, explicou ao informar que recentemente foi criado o departamento de Controladoria.
João Marques disse que, embora a entidade seja privada e voltada à filantropia, a sociedade e as autoridades devem subsidiá-la na prestação de serviço. “Urge de todos os envolvidos, a preservação e manutenção desta entidade secular e uma conscientização de protegê-la e preservá-la a qualquer custo, isento de ideologia ou posição partidária”, finalizou.