João Rizardo é um idoso de 85 anos, com sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido recentemente. Com receita médica, a filha, Elisete, o estava levando de 12 em 12 horas na UPA, para ele tomar a injeção de antibiótico Cefiatrixona. Mas, no terceiro dia, sábado, dia 10, ela se deparou com um fato, classificado por ela como “birra”.
O Caso
Ela conta que depois de uma hora aguardando a aplicação da injeção, com o pai na cadeira de rodas, observou que uma médica estava conversando no corredor da Unidade e comentou com uma paciente. “Vocês esperando aqui e a médica batendo papo”. Segundo Elisete, uma funcionária ouviu e contou à médica, que foi até ela. “Eu converso a hora que quiser e vou fechar a porta na sua cara, pra você não ficar olhando mais”.
Ela e o pai não passariam com a médica, porém, segundo Elisete, quando foi chamada, a enfermeira disse que não tinha mais a injeção. Ela teria questionado se no Pronto Atendimento do Bom Jesus, tinha. Mas a enfermeira teria dito que não, e orientou que fossem à Santa Casa. Lá, o enfermeiro disse que não tinha e a orientou a comprar as injeções, pois não é recomendável interromper o antibiótico. “Eu não tinha o dinheiro, mais de duzentos reais, mas fiz uma vaquinha e comprei”, disse ao contar que o pai não quis voltar na UPA, e que foram ao Bom Jesus. “Para minha surpresa, lá tinha o antibiótico. A enfermeira me mostrou e disse que eu não precisava ter comprado. Ou seja, foi birra que fizeram comigo na UPA, porque fiz aquele comentário, só pode ser. E, se não tinha, porque não me avisaram na sexta, quando meu pai tomou a injeção a noite? Por que no Bom Jesus tinha e disseram que não tinha?
Elisete entrou em contato com a ouvidoria da Prefeitura na segunda-feira (12), mas não obteve nenhuma solução. “Eu quero justiça, quero o reembolso”, desabafou.
Outro lado
Procurada pelo Jornal de Bragança e Região, a Prefeitura não se manifestou sobre o caso. O espaço continua aberto.