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06/12/2017 às 17h55min - Atualizada em 06/12/2017 às 17h55min

Assassinos de Larissa são condenados a 17 anos em regime fechado

Foto: TJ-MG


O comerciante José Roberto dos Santos Freire e o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos, foram condenados, cada um deles, a uma pena total de 17 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver da estudante Larissa Gonçalves de Sousa.  Os jurados reconheceram a tese de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Valdeir ainda respondeu pelo crime de estupro de vulnerável, mas o conselho de sentença o inocentou dessa acusação.

O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Cambuí, e a sentença que prevê regime fechado, foi proferida pela juíza Patrícia Vialli Nicolini, da 1ª Vara de Cambuí.

O júri teve início na segunda-feira, 4 de dezembro, às 9h, e terminou na terça-feira 5 de dezembro por volta de 21h30.
O julgamento da técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva, acusada de participar do sequestro e morte da estudante, será marcado para outro dia devido à apresentação de atestado médico de seu advogado no primeiro dia do julgamento.

 A promotora Rogéria Leme, no julgamento, destacou a violência com a qual a vida da vítima foi tirada pelos réus. Ela enfatizou violência dos golpes e a existência de uma lógica que explica a participação de ambos pra efetivar a morte.

A denúncia

A estudante Larissa foi assassinada em 23 de outubro de 2015, aos 21 anos, no bairro Ponte Nova, em Extrema.  De acordo com a denúncia do Ministério Público, a jovem teria sido sequestrada na rodoviária da cidade pelos três réus – o comerciante José Roberto dos Santos Freire, o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos e a técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva –, tendo sido, em seguida, levada para a casa do comerciante, onde foi morta. O corpo foi posteriormente envolto em uma sacola plástica e levado a uma área de mata da cidade, onde foi jogado em uma ribanceira. Segundo o Ministério Público, a vítima foi encontrada amarrada pelos punhos e tornozelos e teve a cabeça envolta em fita adesiva. A morte teria ocorrido por asfixia, mas a jovem apresentava fraturas no punho, osso hioide e maxilar, provocadas por golpes de peso de academia.

 A denúncia aponta ainda, que o comerciante teria planejado a morte de Larissa por ter interesse no namorado dela; o outro acusado, por sua vez, teria sido motivado a assassinar a jovem para receber R$ 1.000; e a técnica de enfermagem, apenas porque o comerciante pediu a ajuda dela no crime.

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