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10/02/2017 às 18h59min - Atualizada em 10/02/2017 às 18h59min

Investigado por estelionato é preso por falsidade ideológica

Foto: Arquivo GB


A Polícia Civil, através do delegado titular do 2º DP de Bragança Paulista, Dr. Sandro Montanari, prendeu na madrugada de sexta-feira, 10, Diogo Aparecido de Toledo, investigado por estelionato e que estava foragido há pelo menos uma semana, desde que as vítimas passaram a dar queixa contra ele.

Dr. Sandro Montanari, contou à jornalista Luci Miranda, como foi a prisão e explicou que desde o dia 2 de fevereiro, Diogo estava sendo investigado e rastreado.  Na segunda-feira, dia 6, o delegado já sabia que o acusado estava no sul do país, exatamente no estado de Santa Catarina. Dr. Sandro contou que entrou em contato com familiares do acusado pedindo para que Diogo entrasse em contato com a Polícia. “Na tarde de quinta-feira, dia 9, o advogado dele fez contanto com a gente, dando a versão dele, e informando que o Diogo se apresentaria na Delegacia, por voltas das 20h. E, de fato, ele veio”.

A Prisão

Dr. Sandro Montanari disse que interrogou Diogo por cerca de 4 horas, mas que apesar disso, o acusado poderia sair da Delegacia sem ser preso. No entanto, uma falsa informação dada por Diogo, chamou a atenção do delegado, dando a ele amparo para prender o acusado. “Em Santa Catarina, o Diogo fez um Boletim de Ocorrência, de preservação de direito, dizendo que estava sendo ameaçado, mas nem citou por quem. Eu notei que o endereço dado por ele no Boletim, não batia com o que ele deu para nós. Durante o interrogatório, perguntei várias vezes se ele confirmava o endereço, e ele dizia que sim. Então, dei voz de prisão por falsidade ideológica”, disse Dr. Sandro ao explicar que informação falsa em documento público, torna-se falsidade ideológica.  O delegado disse ainda que Diogo, apesar de ter ficado surpreso, não resistiu à prisão.  Todo o procedimento na Delegacia começou as 20h de quinta-feira e só terminou por volta das 5h da manhã de sexta-feira,10.

Por volta das 9h, Diogo foi levado ao Fórum de Bragança e ouvido por uma juíza, que segundo o delegado, confirmou a prisão dele por falsidade ideológica, não informando para qual presídio ele foi encaminhado.

Depoimento

O delegado contou que durante o interrogatório, Diogo admitiu ter dado aos seus clientes, um prejuízo de R$ 6 milhões, apesar dos comentários na cidade, apontarem que o valor foi de cerca de R$ 20 milhões. “Ele assume entre cinco e seis milhões”.

Quanto à participação de outras pessoas, o delegado disse que Diogo enfatizou que a credibilidade sempre foi dele, não atribuindo responsabilidades a outros.

O golpe

O delegado explicou que Diogo contou que comprava carros de luxo semi-novos e imóveis de alto padrão, pelo valor real. Por exemplo, se o valor de um carro fosse R$ 200 mil, ele pagava exatamente isso, mas pedia que o dono parcelasse o pagamento e que fizesse a transferência do carro para o nome dele. Diogo não pagava as prestações. O passo seguinte era vender o veículo a outra pessoa, por até metade do valor ou por um quarto do preço. Ele agia da mesma forma nas transações feitas com donos de casas de alto padrão.  Quanto às negociações de carros, ele mantinha uma ampla loja em uma das principais vias da cidade, a avenida dos Imigrantes.

Diogo, que atuava nesse ramos há pelo menos 15 anos, é acusado de fazer vítimas em toda a região. Segundo Dr. Sandro Montanari, o acusado foi indiciado por estelionato e vai responder criminalmente.  “É importante que as vítimas que não procuraram a Polícia, façam isso, registrem um Boletim de Ocorrência. E nós vamos tentar amenizar os prejuízos dessas pessoas. Será pedido o bloqueio de bens do Diogo e vamos rastrear outros possíveis esquemas”, finalizou.

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