Desde o final de abril, o Rio Grande do Sul tem sofrido com as fortes chuvas que atingiram 447 cidades do estado (o equivalente a 89% dos municípios do estado), e devido a essas chuvas, diversos setores da economia foram afetados, entre eles o agrícola, que segundo pesquisas, é um dos mais fortes do estado.
Os impactos sentidos são desde aumento de preços, até a falta de produtos para o comerciante. Para saber como esse impacto está sendo sentido em Bragança Paulista, o Jornal de Bragança e Região foi até uma feira e conversou com alguns feirantes.
Leonardo afirmou que, apesar de não comprar seus produtos diretamente do RS, eles vêm de lá e, por isso, sofreram aumento. “Não recebemos produtos diretamente de lá, mas os que trabalhamos é tipo exportação do Rio Grande do Sul, e esses aumentaram o preço”, disse ao contar que pagava em um saco de batata de 25 Kg, cerca de R$ 80,00 ou R$ 100,00, e que hoje o valor está na casa dos R$ 180,00 a R$ 200,00. Já a caixa de 18 Kg de maçã gala custava de R$ 95 a R$ 100,00, hoje está entre R$ 140,00 até R$ 160,00.
Juliano, outro feirante, disse que além do aumento dos preços, alguns pararam de ser fornecidos. É o caso do maracujá e do caqui. “A mexerica que também viria de lá, foi perdida com as chuvas e a maçã deu uma boa subida, de quase 50%”, afirmou.
João, outro dono de banca, disse que essa semana, os preços de produtos como maçã, batata e tomate já registram alta. “Essa semana deu uma elevação de 30% nos preços de maçã, batata e tomate, que são produtos que vem do Rio Grande do Sul”, disse, ao contar que ele não chegou a ficar sem produtos, apesar da alta.
Já, os feirantes abastecidos pelo Centro Estadual de Abastecimento (CEASA), disseram que os seus produtos ainda não sofreram aumento.
O JBR também foi até o Mercado Municipal de Bragança Paulista, onde conversou com alguns donos de banca, que disseram que a tragédia do RS ainda não impactou nos preços, no entanto eles estão tendo problemas para achar alguns produtos.
Como é o caso de Luciano, que revelou estar tendo dificuldades de achar um tipo específico de batata, que vem do RS. “Por enquanto não estou tendo dificuldades de achar muitos produtos, só um tipo de batata que eu preciso, que eu vendo por ser própria para fritar, e que vem do RS, e por isso eu não achei essa semana, e provavelmente nem na próxima, eu irei achar”, afirmou.
Foto: JBR
