O motociclista Alison, de 29 anos, voltava para o trabalho, depois de cumprir seu horário de almoço, por volta das 13h50, de segunda-feira (3). Ele seguia pela Rodovia Hermenegildo de Oliveira (Variante do Guaripocaba), sentido Torozinho-Jardim São Lourenço, onde trabalha. Mas, quando ele passava pela região do Bairro Maranata, foi atingido por uma linha de pipa com cerol. “Eu senti alguma coisa queimando meu pescoço e logo percebi que tinha uma linha de pipa, bati a mão e tirei. Eu parei a moto e vi no retrovisor que estava com o pescoço cortado, então eu coloquei a mão para estancar um pouco o sangue. Eu senti medo naquela hora”, contou Alison que, apesar de machucado conseguiu seguir com a moto até a Santa Casa, onde foi socorrido. Foram três pontos no pescoço e sete dias de afastamento do trabalho.
Alison fez um alerta “A sorte é que eu estava pilotando em baixa velocidade, cerca de quarenta quilômetros por hora. Mas, caso contrário, eu poderia ter caído e o corte poderia ter sido mais profundo. O médico até disse que foi um milagre”, contou. Ao encerra Alison fez um apelo. “Queria pedir as autoridades que, se possível, façam fiscalizações quanto a isso, pois há muitas pessoas soltando pipa com cerol próximos da Rodovia. Aos motociclistas fica o alerta sobre o perigo que corremos”.
Multa O uso do cerol em linhas de pipas, a conhecida mistura entre cola e vidro, passou a ser proibida no Estado de São Paulo com a aprovação do Projeto de Lei 765/2016. A proibição abrange o uso, a posse, a fabricação e a comercialização da mistura cortante, também conhecido como linha chilena.
Caso a lei seja descumprida, a pessoa responsabilizada deverá pagar uma multa equivalente a 50 Ufesps (equivalente a R$ 34,26), totalizando R$1.713,00. No caso em que um estabelecimento descumprir a lei, a multa pode chegar a R$132 mil reais.