“Fiquei triste com as inverdades”, disse a prefeita Roseli do Amaral (DEM), ao se referir a denúncia feita por uma professora da Escola Municipal João Miranda, ao Jornal de Bragança e Região, edição de novembro.
Entenda o caso
Em outubro, o presidente da Câmara Municipal, Hugo Leme (PROS), durante reunião com um dos diretores do jornal, citou que a Escola João Miranda vinha sendo motivo de reclamações quanto à falta de manutenção, mobílias, merenda, entre outros. Ele mesmo chegou a indicar uma professora que estaria insatisfeita. Por telefone, ela falou da sua insatisfação e enviou um e-mail à redação elencando os problemas da escola. O Jornal de Bragança e Região ouviu a professora, mas também ouviu a prefeita Roseli, tendo ela já na época, o direito de dar a sua versão sobre os problemas apontados na denúncia. (leia matéria no site - edição novembro).
No entanto, as fotos enviadas pelo presidente da Câmara já não condiziam com a realidade da escola, segundo a Prefeita. “As fotos foram tiradas há uns seis meses e a gente já estava tomando providências. Quando eu li a matéria e vi que tinham pessoas de lá de dentro da escola, enviado a denúncia e eu fiquei triste, porque eles sabiam que não existiam mais cadeiras danificadas, que a merenda é digna, que os ônibus que transportam os alunos fazem um bom transporte, com segurança e com monitor, que antes não tinha. O professor sabe disso. Então eu fico triste com pessoas que falam a inverdade”, desabafou.
Quanto aos problemas da escola, Roseli disse que foram feitas manutenção, como a pintura das paredes, a troca de algumas carteiras e o conserto da rede elétrica. Quanto ao toldo, mostrado na foto, ele ainda não foi substituído, mas segundo ela, a aquisição de um novo toldo está em processo de licitação. “A grande reforma, não está sendo possível, pois o prédio não possui Averbação, o que impede o município de assinar convênio com o Estado e, consequentemente, de receber a verba. A administração passada não se atentou a isso e estamos trabalhando para solucionar essa questão”.
Sobre a merenda, a prefeita também já havia falado na edição de novembro, quando lamentou a denúncia, mas fez questão de frisar. “Qualquer pessoa pode ir à escola e ver como a merenda é feita. Jamais a escola esteve abandonada, melhoramos a merenda, incluímos peixe e salsicha de peru no cardápio. A gente praticamente começou do zero, não tinha uniforme escolar de graça, nem monitor nos ônibus escolares. Os alunos são respeitados por nós”, frisou ao falar da sua equipe. “Eu tenho orgulho da minha equipe que batalha dia e noite para fazer o melhor. Quem ganha não é a prefeita ou os secretários, mas sim a população”.
Quanto às fotos, o presidente da Câmara, Hugo Leme disse que está com a consciência tranquila, pois não sabia o teor da denúncia e que apenas tentou ajudar.
O Jornal de Bragança e Região enviou algumas perguntas a professora que fez a denúncia, mas até o fechamento desta edição, ela não havia respondido.
Sobre a falta de documentação da Escola João Miranda, o ex-prefeito José Ronaldo Leme (PSDB), também não respondeu às perguntas enviadas a ele.