O setor responsável pela maior geração de emprego em Bragança já está sentido os efeitos da crise econômica. No primeiro semestre de 2014 o Sindicato dos Comerciários fez 1094 homologações trabalhistas. Neste ano, no mesmo período, já foram 1208, um aumento de 10% no número de demissões. Mas os dados podem ser ainda maiores, já que estes números representam somente as demissões de funcionários com mais de um ano de registro. “O setor de comércio, assim como outros setores, também é atingido pela atual crise econômica, uma vez que, com a crise, cai o número nas vendas”, disse o presidente do SindComerciários, João Peres Fuentes, ao apontar que apesar dos primeiros sinais negativos, o comércio continua sendo o maior gerador de emprego.
O proprietário de uma loja de cama, mesa e banho acredita que há exagero quando se trata de crise. “As minhas vendas aumentaram 12%. Acho que estão criando um mostro que não é bem a realidade”, disse ao atribuir o bom momento que vive a três fatores. “Em primeiro lugar está o atendimento com excelência, depois a qualidade do produto e em terceiro o preço”, citou.
Já a realidade enfrentada por outro comerciante, este do ramo de vestuários, não é nada animadora. “Minhas vendas caíram 40%, tivemos de demitir duas funcionárias e fechar uma das quatro lojas”, disse.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 1º de janeiro deste ano, o número de empregos formais em Bragança Paulista no comércio varejista, era de 9.985. “O comércio e setor de serviços são os que mais geram empregos no município. E Bragança ainda continua sendo um centro comercial para as cidades vizinhas como Pedra Bela, Pinhalzinho, Tuiuti e Vargem”, afirmou Fuentes.