Na edição passada, noticiamos que o médium Fernando Ben, do Rio de Janeiro, estaria na cidade de Atibaia no dia 23, fazendo uma reunião de psicografia, que são cartas escritas por pessoas que já morreram. Nossa equipe acompanhou tudo e, para a minha surpresa, fui convidada por ele, a sentar-se ao seu lado e ver de perto o momento que ele escrevia as cartas.
Uma experiência que vai além da explicação, uma vez que mesmo para quem acredita (como eu), é surpreendente o método usado por ele.
Fernando Ben não entrevista nenhum familiar que está na reunião, ou seja, não pergunta nome daquele que morreu, quando ou do que faleceu. E mesmo assim, as cartas trazem detalhes, como nome e sobrenome, nomes de familiares, inclusive apelido, situações que o desencarnado vivenciou com determinado parente, traz detalhes que só o familiar e o espírito sabiam.
Ao lado dele, vi quando ele pegou o microfone e perguntou. “A família de Rodrigo (vou preservar o sobrenome) está aqui? Ele quer muito escrever.”
A mãe estava e foi convidada a sentar-se à mesa, onde eu também estava. E o que relato a seguir, não foi dito ao microfone, então apenas eu ouvi.
Fernando Ben se concentrou e depois de alguns segundos, olhou para aquela mãe, que já estava cheia de emoção, e disse. “O seu filho está com uma senhora chamada Terezinha”. Ao que a mulher disse. “É minha mãe”. Emocionada, ela completou. “Meu filho e minha mãe juntos, é muita benção e emoção”. O choro foi inevitável, inclusive o meu.
Em cerca de duas horas, o médium escreveu nove cartas. Ele explicou que escreve menos quantidade, porque os detalhes exigem muito dele.
Caso de Bragança
Uma mulher de Bragança, que pela primeira vez estava na reunião de Fernando Ben, recebeu a carta de sua mãe, que assinou com um nome no diminutivo, como ela era chamada enquanto viva. A filha chorou muito, mas a emoção não parou por ai. Ao final, Fernando Ben, disse que leria a última carta. “Essa carta quem assina é uma mente que ainda está se adaptando a espiritualidade, o nome dele é Antonio (vou preservar o sobrenome). A família está aqui?”
Para a surpresa da mulher de Bragança, que já havia recebido a carta da sua mãe, desta vez era o seu esposo, falecido há poucos meses. Não dá para descrever a emoção.
O que mais vi
Logo que cheguei, por vota das 13 horas, vi ruas lotadas de carros, com placas de cidades como Belo Horizonte, Recife e muitas do estado de São Paulo. Vi uma quantidade enorme de alimentos doados pelos que foram à reunião. Vi um médium que viajou mais de 500 km, deixando esposa e filha, para levar consolo à famílias que vivem o luto. Vi Fernando Ben despido de religião, usando a frase “Minha religião é o outro”, pregando o amor. Vi um médium que não usa branco e psicografa com o cinto afrouxado e descalço, apenas para ter mais conforto, vi um médium que brinca com o público e convida pessoas para auxiliá-lo durante a psicografia, que anda sem segurança entre as pessoas, que abraça e entrega rosas aos que recebem carta. Vi uma fila enorme para abraçá-lo. Vi uma oração linda que levou todos às lágrimas.
Mas, não só vi, senti o ambiente envolvido por muito amor, que aumentava a cada carta trazida por Fátima, a mentora de Fernando Ben, que é chamado de “Carteiro de Fátima”. Vi, que a vida continua e, que ter essa certeza, consola, conforta e fortalece aqueles enfraquecidos pela dor da “perda”.
Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho de Fernando Ben, basta seguí-lo nas redes sociais ou acessar o site: casadefatima.org.