Um problema não debatido ou pouco discutido em Bragança, é a destinação de animais de estimação, mortos. Em Bragança não existe um cemitério público para esta finalidade, nem particular. Então o que fazer quando o bichinho de estimação morre?
Este é um problema frequente e, que cada um resolve como pode. Na maioria das vezes a solução está longe de ser a correta.
O Jornal de Bragança e Região acompanhou isso de perto. Com um gato de rua morto, vítima de atropelamento e sem dono, o JBR resolveu ir atrás da solução. Em contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por duas vezes, O JBR foi informado que a empresa de coleta de lixo recolhe. “A gente não recolhe esse tipo de animal”, disse uma funcionária, ao orientar que o “lixeiro” leva, bastando deixar o gato em saco plástico junto com o lixo doméstico, tendo ele a mesma destinação que outros lixos. A mesma orientação foi passada por outro funcionário do Meio Ambiente, que disse que o caminhão que recolhe o lixo das casas, leva o animal morto.
Prefeitura
Apesar da lei municipal 3181 de 07 de junho de 1999, que trata sobre a limpeza do município, dizer no artigo 3º, que cabe à prefeitura a remoção de animais mortos, de pequeno porte, ou seja, de até 20 kg, isso não acontece.
Questionada sobre a destinação dos animais, a prefeitura disse que o correto é “contatar a Embralixo para proceder com a retirada e destinação para o aterro sanitário. No caso de o animal ter dono, este deve (se não tiver condições de enterrar), embalar o corpo em saco plástico resistente fechado hermeticamente e, deve contatar também a Embralixo, que realizará a coleta por meio do caminhão de coleta de lixo hospitalar para a incineração. Outra opção é entrar em contato com clínicas veterinárias ou cemitérios de animais que realizam este serviço mediante pagamento”, disse a prefeitura.
O JBR entrou em contato com a Embralixo, mas uma funcionária afirmou que a empresa não faz este tipo de serviço. “Não, não retiramos. A Embralixo não retira mais”.
O Jornal de Bragança e Região também entrou em contato com o único crematório de animais de Bragança, que é particular. De acordo com a gerente do local, não há parceria com o Poder Público que vise dar a destinação adequada aos animais, como cães e gatos. A cremação, explicou a gerente, seria sim o ideal, mas esbarra no preço. O valor varia de acordo com peso do bichinho.
Nas clinicas veterinárias em que o JBR ligou, a informação foi de que elas não recolhem, nem pagando, animais mortos nas ruas ou nas casas, apenas os que morrem nas próprias clínicas.
O JBR conseguiu a destinação correta do gato, através de uma parceria com uma empresa que presta este tipo de serviço.