O estudante João Pedro Rosas, de 10 anos, mora no Bairro Henedina Cortes, zona norte de Bragança Paulista e está matriculado no 6° ano, na Escola Estadual Ministro Alcindo Bueno de Assis (EEMABA), na Vila Aparecida, região central da cidade. Mas ele ainda não retornou às aulas, de forma presencial. Isso, porque os alunos das escolas estaduais de Bragança, estão sem o transporte escolar.
Até 2021 a condução era fornecida através de um convênio entre a Prefeitura e o Estado, que não foi renovado pela Prefeitura de Bragança. “Os convênios para a alimentação e para o transporte escolar dos estudantes da rede estadual de ensino de Bragança Paulista passam, neste ano letivo de 2022, a serem de responsabilidade exclusiva do Governo do Estado de São Paulo. Por conta de questões técnicas e financeiras, a Prefeitura de Bragança Paulista decidiu pela não renovação dos convênios com o Governo do Estado de São Paulo, voltados para a alimentação escolar (merenda) e transporte escolar”, disse a Prefeitura, através de um comunicado à imprensa.
A mesma situação vive outro garoto que, inclusive, tem o mesmo nome, João Pedro Santos, que mora no Bairro Bom Retiro dos Mourão, zona rural da cidade. Ele também não voltou a estudar presencialmente, pois não tem como ir à escola, que fica há uns 5 km da sua casa. Ambas famílias disseram que os filhos foram matriculados nessa escola automaticamente, através do sistema.
O que diz o Estado
O Jornal de Bragança e Região, entrou em contato com o Governo do Estado e, nesta quinta-feira (17), obteve resposta sobre a falta do transporte aos alunos. “A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que a Diretoria de Ensino de Bragança Paulista já contratou empresa de transporte e está finalizando os trâmites para dar início à prestação do serviço”, disse ao citar os dois estudantes. “Quanto aos estudantes citados pela reportagem, neste momento, eles acompanham as aulas de forma remota pelo Centro de Mídias SP, com apoio do material impresso disponibilizado pela unidade, que deve ser retirado pelos responsáveis dos alunos na escola. Também já estão disponíveis o kit de materiais e as apostilas, essa retirada inclusive já foi feita pelo estudante J.P.R”. A Secretaria de Estado disse ainda que “A situação da merenda foi normalizada antes mesmo do início das aulas no dia 2 de fevereiro, não acarretando em nenhuma perda para os estudantes”, finalizou.