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15/10/2015 às 22h39min - Atualizada em 15/10/2015 às 22h39min

“Eu me senti um troféu”, desabafou a primeira-dama de Bragança ao falar de operação policial em sua casa

Ela e o prefeito Fernão Dias tiveram acesso ao processo que resultou na operação policial

Foto: Dimp


Há cerca de uma semana, no dia 5 de outubro, a primeira-dama de Bragança, Rosângela Leme, foi envolvida em uma operação que ela classificou como “espetacular” devido ao aparato policial montado em sua residência, que incluiu helicóptero, cão farejador e vários policias.  Essa semana, ela e o prefeito tiveram acesso, de fato, ao processo que culminou na operação. Trata, segundo eles, de uma operação de investigação de fraudes de desapropriação. “É um inquérito da cidade de Indaiatuba e nós fomos envolvidos nessa investigação. Aqui nem teve desapropriações. Queremos saber qual é a nossa participação nisso”, frisou Rosângela ao dizer que eles estavam no escuro sem saber o porquê de serem envolvidos.

Ainda abalada, a primeira-dama, que é Policial Civil há 25 anos, contou que a arma apreendida em sua casa no dia da operação, continua em poder da polícia. “Ela está passando por perícia, mas será devolvida, pois está devidamente registrada em meu nome”, contou.

No entanto a detenção de Rosângela, que ficou na Corregedoria da Polícia Civil em Campinas, por algumas horas no dia da operação, foi por causa de um equipamento, uma mira a laser, que estava acoplada em sua arma, uma CZ 380, de uso permitido, inclusive para civil.

Dias depois da ação, a primeira-dama desabafou. “Eu achei uma injustiça a forma como as coisas foram conduzidas, vendo minha casa sendo sobrevoada por helicóptero, cão farejador, meus filhos sendo questionados se tinha drogas em casa. Eu nunca esperei viver isso na minha vida. Em 25 anos de polícia nunca tive uma punição, nunca respondi a uma sindicância. Eu só tive elogios, só fui condecorada. Mas eu estou inteira para responder o processo administrativo e disciplinar”, ressaltou.

Ao Jornal de Bragança e Região, a primeira-dama, disse  que continua confiando na justiça. “Apesar de todo esse circo, que me parece ter sido muito bem planejado, premeditado, não sei onde nem por quem, eu me submeto à justiça. Eu sempre fui agente da lei e continuo sendo da mesma forma e me submeto ao que tiver de ser feito”, falou ao frisar. “Eu continuo acreditando na justiça. O tempo vai mostrar a verdade”, encerrou.

Rosângela retomou a rotina, e segue trabalhando no Fundo Social de Solidariedade, onde tem várias atividades programadas. Já o prefeito Fernão Dias (PT-SP) tirou 10 dias de férias, de 13 a 22 de outubro.

A operação apreendeu na Prefeitura de Bragança R$ 26 mil em dinheiro, sendo R$ 6 mil resultado de arrecadação entre amigos e secretários para manutenção de uma casa de apoio aos portadores de câncer de Bragança que fazem tratamento em Barretos, de acordo com Rosângela.  O restante, segundo o chefe de Gabinete, José Mauricio Brandão Léo (Touché), pertencia a ele e era para pagar uma dívida, o que segundo ele pode ser comprovado através de mensagens que trocou com o credor.

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