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12/08/2021 às 16h12min - Atualizada em 12/08/2021 às 16h12min

Prefeitura recebe doação do acervo do Museu dos Escravos

Arquivo


A exposição “Fragmentos” foi organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e será aberta ao público no dia 13 de agosto, apresentando no Centro Cultural André Carneiro parte das peças e utensílios que contam um pouco da história dos escravizados e da escravidão. O evento acontece às 16h30, com transmissão ao vivo pelo Facebook da Prefeitura.

A importante conquista para a cultura e a memória da cidade será celebrada na abertura da exposição, em cerimônia que vai oficializar a doação das peças ao municpipio. A gestão do acervo ficará a cargo da Secretaria Municipal de Cultura, que está providenciando as condições adequadas para garantir tratamento técnico, preservação e acesso público a esse importante patrimônio histórico.

"Preservar esses fragmentos que fazem parte da história de Atibaia é cumprir um dever com a historiografia local e com a memória de todos que participaram da construção da nossa cidade, cuidando de lembrar a história para não repetir o passado", disse a Prefeitura ao destacar frase do filósofo irlandês Edmund Burke: “o povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la”.

História

Nas extremidades da rua José Lucas, duas igrejas não nos deixam esquecer os tempos em que a cor da pele definia senhores e escravos. Confrontando-se à Matriz, igreja dos brancos, a Igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Atibaia foi construída pelos negros escravizados, servindo de refúgio não somente para uma das mais tradicionais manifestações da cultura brasileira de matriz africana, a Congada, mas também abrigando a memória desse período, preservada na coleção de objetos históricos que foram recentemente cedidos à Prefeitura e organizados numa exposição.

A coleção foi cedida pela Igreja Matriz à Prefeitura de Atibaia e compunha o acervo do Museu Madre Paulina, o antigo Museu dos Escravos, que funcionava no andar superior da capela da Igreja do Rosário. A cessão do acervo atende a uma reivindicação antiga, provocada pela impossibilidade de a paróquia manter monitores para acompanhar e guiar a visitação, o que mantinha o museu quase sempre fechado.

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