Na terça-feira (18), foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Brasília, a OAB-DF lançou uma campanha importante, para alertar sobre a importância dos crimes não serem silenciados e de acreditar nas crianças que relatam situações que envolvem o tema. Bicca é presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Segundo ele, “crianças não costumam inventar histórias de abuso sexual, podem até esconder”.
O tema da campanha lançada pela OAB-DF nas redes sociais é :”Acredite nas Crianças: Escute, Observe e Denuncie”. Uma cartilha, acessada gratuitamente, orienta sobre a legislação e os cuidados que devem ser levados em conta na hora de escutar as vítimas.
Para denunciar, basta discar 100, ou 190 ou, até mesmo, procurar o Conselho Tutelar da sua cidade.
Perfil do abusador
Dra. Roselene Wagner, neuropsicóloga é uma estudiosa que se dedica a este tema e, ela apontou em uma reportagem sobre o tema que, geralmente é de difícil suspeita e complicada confirmação a identificação do abusador: “Porém, é claro para nós profissionais envolvidos, que, os casos de abuso sexual na infância e adolescência são praticados, na sua maioria, por pessoas ligadas diretamente às vítimas e sobre as quais exercem alguma forma de poder ou de dependência”.
A Data
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é em memória à morte da menina Araceli Cabrera Crespo. No dia 18 de maio de 1973, aos 8 anos, ela foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada, no Espírito Santo.
A Justiça chegou a três principais suspeitos, todos membros de tradicionais e influentes famílias do Espírito Santo. Os acusados recorreram e, por fim, eles foram absolvidos por falta de provas.